assexualidade e midia
a lembrença sobre sexualidade mais antiga que eu tenho datam de uma peça de ficçao. A cena de beijo que termina o filme a filha do chefe, e, sobre tudo, a disposiçao das maos de ambos envolvidos no beijo. o papel masculino de envolver as nadegas da dama, e o papel femino de envolver o pescoço do rapaz

Essa imagem de forma muito sensivel na minha infancia definiu meu ressidou sobre as formas de sexualidade socialmente estabelecidas: tanto o papel masculino quanto femino determinados nessa cean me pareciam distante e me davam medo, mas, ao mesmo tempo, durante toda minha infancia, eu sempre gostei de narrativas romanticas- sobre tudo mangas roncons
a forma de romance, e sexualidade, e açao de genero neles, sempre, me pareceu sensivelmente diferente a da expressada nesse filme. o romance parecia a expressao de um sentimento de levitamente, uma superaçao do real, um fuga para algo indescritivel, e nao nascia apeans na forma vulgar do envolvimento de corpos masculinos e femininos.
nesse sentido, uma obra, que me causava um avesso, mesmo estando nessa tradiçao, era nisekoi.
eu li 3 volumes de nisekoi repetidas vezes por que eu tinha(e ainda tenho) eles fisicamente. nele a forma masculina parecia se expressar de forma muito evidente, sobre tudo, me lembro, num capitulo onde o protagonsita masculino mostra seu interrese romantico na protagonista pelo paternalismo em relaçao a ela.
ranma 1/2(um dos animes que eu mais via quando criança), tambem tinha notas disso, mas, a potencia de fulga que ranma tinha par aisso era insuperavel: nunca o romance se cristalizava, nunca ele se fixava, nunca os papeis de genero nao poderiam ser submetidos por uma rotina ludica e maluca, ou, pela transiçao de genero do protagonista.
outro desenho que marca essa etapa da minha vida e arakawa under the bridge: nele tambem o romance nunca aparece como uma potencia cristalizadora, ao inverso, aparece sempre como uma potencia que trasforam drasticamente o ethos estabelecido, e mais uma vez, nos leva a uma grande aventura.
o recruta nunca exatamente, apessar de sua masculinidade ser evidente, a exerce, e, a nino, por outro lado, nunca me aparentou exatamente como uma mulher exatamente por nao fazer parte de um par masculino-femino, ou feminino-femino,e tambem, pela sua inumanidade na medida em que afirmar a personagem, e sobre tudo, afirmar a ludicidade daquele mundo era necessariamente afirmala como alienigina- inumana por definiçao.
isso nos leva entao a onane master kurosawa, onde a sexualidade existe de forma muito viva, mas os papeis de genero nao estao tao estabelicidos dentro do romance, ja que, em certo sentido, o romance e justamente o que purifica os papeis de genero: e tambem onde me parecia evidente que a potencia que exisita para mim no romance nao era ser par do masculino ou do femino, mas a potencia de ser o femino, que, dentro dessas obras escritos por homens, evidentimente, femino, mas, ao mesmo tempo, tao instrumentalizado que existe um que de inumano, inassensivel, inviolavel e inxegavel: a encarnaçao da propria potencai ludica.
e ai que assexualidade começa a agir para mi, em saykou dentsu kurosawa, na trasformaçao que o femino tras a obra,e, em ranma 1/2 onde masculino e femino aparentam como formas que se transformam constantimente.
a assexualidade nas entao para mim como uma forma de contra sexualidade: uma afirmaçao dos papeis sexuais para alem da dimensao deterministica e biologica delas.
dai beastaers entra na minah mente de forma cadente: e ali que vemos a expressao mais pura de contra sexualidade, um personagem que afirma esse sentimentos ludicos 1- para alem da figura feminina imbolizada, pos esses mesmos sentimentos em muito sao catalizadores do legoshi em quanto personagem 2- nega toda instancia do sexo biologica, em nome de seus sentimentos(ele e um lobo que quer compor sexo com uma coelha) 3- sobre poem a camada sexual aos seus sentimentos na medida em que se desvincula do suposto peso biologico e utilitario que seu amor teria(aqui sintetizado na forma do literal desejo de comer o parceiro), para afirmalo apenas em quanto si: assm tambem disvinculando as noçoes sexuais heteronormativas(como vemos nas partes finais do manga)
entao a assexualidade se aparenta como essa imamgem sensivel, superaçao dos desejos impostos, superaçao dos papeis de genero imposto: e o chamar para si o sexual, o chamar para si o desejo e perceber o quanto a potencia romantica existe na forma literal de querer ser o outro , de derviar para outras instancias e aperentar formas diferentes da sua: maisfinas, mais livre.
nesse sentido, a assexualidade e uma posiçao ontologica: e a posiçao do ser mas tambem do ser outro: assume a dialetica da comedia romanctica tradicional, entre uma personagem capaz de romper as barreiras do cotidiana, e um personagem apatico, levado por essa personagem, e por seus sentimentos por ela, a romper a essa mesma continuidade.
nos afirmamos como sendo os dois, somos tanto a potencia de superaçao desse peso cotidiano, quanto o personagem que esta conformado a esse mesmo cotidiano(que sao as formas sexuais estabelecidas).
sonny boy e berseker parecem as peças que melhor expressam essa ideia para mim, ambas historias em que a relaçao dos persoagens comentados nao e nem necessariamente romantica, muito menos sexual;
a potencia de nagara x naozomi nao existe na força da transformaçao que seus afetos romanticos tras, mas sim, exatamente, por esses afetos nao serme nem exatamente romanticos sexuais, mas, se afetivarem dessa maneria: a assexualidade como pratica concreta dentro da midia
da mesma forma, a relaçao grift e guts pode ter contornos sexuais, mas, em especime, nao o e: mas fixa esse mesmo papel de transformaçao por ambas as partes, que, configurase para alem da mera relaçao huamana de amizade: e uma continuidade nao de afetos que se confundem, mas entes que dessujeitzaçao na medida que se relacionam, para novamente, em tela, se re sujeitarem
e exatamente o que o filme pesona faz tambem: o contorno nao e de duas que se juntam, mas de um algo insujetado, um algo que perde suas caracteristas sujeitadas e se torna uma constancia de trasnformaçoes, mas que tambem existe para o desejo psico sexual entre as partes.
yukio mishima escreveu que o onigata e filho ilegitimo doo encontro entre sonho e realidade, essa e a relaçao da assexualidade: a instantcia do naos er que e visto, da potencia que consegue se realizar- da vontade do ser femino, que se realiza em quanto instancia, em quanto faz de conto, mas, na medida que se nota que as palavras sao a premasia da existencia o interpretar femino tornase a propria potencia feminina, mas, isso, nao e a face mostrada em quanto si no conto onigata, todo o mecanismo de feminzizaçao aparece de forma latente.
ai que se recai uma forma de contra sexualidade assexual:
a sexualidade foi sintetizada aqui na imagem de dois corpos masculinos e feminos que se entrelaçam apartir de determinados papaeis de genero que sao lidos como insuperaveis por uma dimensao biologica, mas, a inversao desses papeis dentro de uma foram sexual, tambem, pode compor uma forma de assexualidade, na medida que existem como potencias que nao se instagnam
se tomarmos essa definiçao de sexualidade como uma noçao errada, e heterronormativa, a contra sexualdiade exisitria para fazer essa contra parte a essa argumentaçao: a possbildiade dos corpos interrarigem para alem da instancia heterronormativa objetiva, e se vincularem diferentes formas de sexualdiade, que ate mesmo hetero e cis normativas, superem a instancia do sexo como instancia biologica.
mas, a questao, e que vamos alem, a forma da sexualidade nao e estabelecida apeans no entralaço dos corpos, como e uma definiçao dos desejos que existem no moderno ethos sexual: a pratica assexual aparece entao como a critica necessaria a essas mesmas praticas, que, toma em seus contor a indefiniaçao dos sujeitos, e dos sistemas.
nesse sentido o outro manga que opera a perfeita superaçao da sexualidade e okari alice nessa cena

aqui a relaçao da comedia romantica classica e tomada como premissa, suas concluosoes como meta, e a transformaçao dos corpos como pratica politica concreta dessas premisas.
muito semelhante ao que beastars ja operava, mas mais radical, ja que a barreira do genero tambem e rompida, assim, podendo, formar assexualidade como uma forma estetica, mas que tambem, contem em si, uma forma anti estetica
semelhante ao golem do profeta jeremias, ou a ideia ocidental da pedra filosofal; uma combinaçao magia de palavras que consegue reproduzir a criaçao divina, superar o ethos do pecado, e redimir a sexualidade, redimir a interaçao entro sujeitos, e desujeitar seus individous:
mas isso se limtia ao campo estico, ao campo metafisico: bastanos por tanto levar dos sonho as coisas.