UM DIA EU OLHEI NO MEU ESPELHO, EU GRITEI, EU CHOREI, EU CAI NO CHAO EM QUANTO TENTATAVA LIGAR PARA POLICIA POR QUE UM DEMONIO ESTAVA NO ESPELHO DO BANHEIRO DA MINHA CASA(E EU ESTAVA SOZINH0): MEU PAI. MEU FILHO SE ENCHEU DE CARINHO, E QUANDO ABRI OS OLHOS ATORDAODO E BERRANDO EU VI O ROSTO DELE ASSUSTADO E FALANDO “NAO TEM NINGUEM AQUI PAI, VAI FICAR TUDO BEM”
Lembro dos ternios tempos da infancia. A primeira vez que fui chamado a psicologa da escola, uma senhora portuguesa de menos de 1,50 de olhar severo, que sem nenhuma consideração com os sentimentos de uma criança começou sua entrevista com uma indulgencia sobre meu pai.
Por aquelas voltas ele nao mais morava no rio de janeiro, e mesmo assim, sua ausência pouco impressionava em meu espirito de forma rispida, aparente. Eu, sendo muito sincero, não pensava muito sobre isso.
— seu pai nao mora aqui, mas, quantas vezes voce fala com ele por dia?
mesmo que no meu intimo eu nao tivesse nunca pensado que eu nao lembrar a ultima vez que eu havia falado com meu pai fosse um problema, um erro em minha criassao, tema a qual eu julgava ter absluto controle- e que naquela idade fazia questao de afirmar a mim mesmo que seguia um molde ideal de infância-, eu menti. Disse a ela que falava com ele todas as noites
Ler as cartas de gramcsi aos filhos na prisão me tira algumas lagrimas, ate hoje, mesmo num calabouço, ele perguntava a opinião do filho sobre um livro